Diretrizes para Investigações de Campo em Projetos de Túneis

Diretrizes para Investigações de Campo em Projetos de Túneis

Este presente estudo de investigações de campo para projetos de obras subterrâneas teve o seu início com um pedido feito durante a reunião do Conselho Executivo, realizada em Kyoto, Japão, em novembro de 2001, liderada pelo professor André Assis, ex-presidente da Associação Internacional de Túneis (ITA).

Considerando que não é possível pré-definir detalhadamente as condições do maciço antes de um túnel ser construído, os riscos geológicos existem em qualquer projeto. O objetivo das investigações de campo é fornecer a informação adequada e confiável nas fases iniciais do projeto, a fim de melhorar o conhecimento do maciço, avaliar diversas soluções de engenharia e escolher métodos de construção que lidem melhor com os riscos potenciais identificados.

As investigações de campo devem ser conduzidas no âmbito da estratégia global da gestão de riscos do projeto (ver «Diretrizes para a Gestão do Risco em Túneis», WG2, 2004) e deve seguir o princípio ALARP (tão mínimos quanto razoavelmente praticável - tradução de as low as reasonably practicable) visando redução de riscos - ou seja, riscos geológicos, geotécnicos e hidrogeológicos.

O nível de risco aceitável, tal como definido pelo princípio ALARP, pode ser especificado em diferentes maneiras, dependendo da fase de projeto, sendo que a estratégia de investigação de campo deverá levar isso em consideração. O esforço exigido durante as investigações de campo (no âmbito das investigações e dos custos relacionados) irá variar de acordo com o desenvolvimento do projeto, e terá que se concentrar em melhorar progressivamente o nível de conhecimento. O esforço necessário em qualquer fase dependerá da complexidade do empreendimento e terá impacto direto sobre sua mitigação de risco e custo.

Este documento apresenta a estratégia para as investigações de campo com base nas melhores práticas internacionais, com o objetivo de elevar o ganho em termos de aquisição de conhecimento em determinada fase de projeto, evitando abordagens equivocadas comuns em termos de esforço de investigação e responsabilidade.

Espera-se que este documento seja um guia útil para futuros projetos de túneis.

Como Animador e Vice-Animador do Grupo de Trabalho 2 (WG2) da ITA, agradecimentos às importantes contribuições das seguintes pessoas: Eric Leca como o ex- Animador e atual tutor do WG2 que anteriormente conduziu este estudo; David Chapman, Elena Chiriotti, Giorgio Höfer-Ollinger e Emmanuel Humbert que redigiram o texto; todos os membros do WG2 que contribuíram para recolher as histórias de casos relevantes e para finalizar o documento, os revisores do WG2 Ron Tluczek, Conrad Felice e William Hansmire, e os revisores da ITA, Harvey Parker, Amanda Elioff, e Robert Galler.

Chungsik Yoo, Animador do Grupo de Trabalho 2 (WG2)

Elena Chiriotti, Vice-Animadora do Grupo de Trabalho 2 (WG2)

DOCUMENTO TRADUZIDO POR :

DRA. DANIELA GARROUX G. DE OLIVEIRA, COM REVISÃO DE ANDRÉ PACHECO DE ASSIS, PHD E ELOI ANGELO PALMA FILHO, M. ENG.

PUBLICADO EM PARCERIA COM O COMITÊ BRASILEIRO DE TÚNEIS - CBT

  • Published in: 2021
  • Author: WG2